Catarata: como saber se tenho e como é feito o tratamento?
Categoria: Condições e Doenças
Segundo a Organização Mundial da Saúde, catarata é a principal causa no mundo de cegueira reversível, ou seja, com potencial de melhora quando realizado o tratamento adequado. Esta alteração dos olhos é tão frequente que provavelmente você já deve ter tido contato com a palavra "catarata" e tem algum familiar ou conhecido que já realizou a sua cirurgia.
Sabendo disso, nós da dr. bemtevi queremos esclarecer os pontos mais frequentes de dúvidas sobre este tema tão importante para a saúde ocular, qualidade de vida e a boa visão dos nossos pacientes.
O que é catarata?
Catarata é quando a nossa lente natural, o cristalino, apresenta algum grau de opacidade, ou “embaçamento”. Quando nascemos, nosso cristalino é transparente e, por fatores diversos, ele pode se opacificar ao longo dos anos. Essa condição, que chamamos de catarata, bloqueia a passagem da luz para dentro do olho, podendo gerar sintomas que vão desde a dificuldade visual (para leitura ou ao dirigir, por exemplo) até outros sintomas, como: visão dupla, imagens "fantasmas", halos nas luzes, aumento de sensibilidade à luz (fotofobia), piora da visão durante a noite, redução na percepção do contraste das cores, entre outros. Infelizmente, estes sintomas não melhoram com o ajuste da refração e confecção de novos óculos.
A causa mais comum de catarata é a senilidade, ou seja, o avançar da idade, devido às alterações naturais do envelhecimento que normalmente começam após os 40 anos: por isso o nome "catarata senil". A idade de início dos sintomas, entretanto, é bastante individual, pois depende da velocidade de evolução, do tipo de catarata, além, claro, do nível de exigência de visão de acordo com suas atividades diárias. Outras causas menos comuns de catarata, que podem inclusive gerar seu aparecimento em idades muito mais precoces, envolvem fatores genéticos, traumas (acidentes), tabagismo, diabetes, cirurgias oftalmológicas anteriores, inflamações oculares (como uveítes) ou ainda medicações (como os corticoesteróides).
Como saber se estou com catarata?
O diagnóstico de catarata é realizado na consulta com o médico oftalmologista, principalmente através de um exame chamado de biomicroscopia anterior, quando utilizamos um aparelho - a lâmpada de fenda, um microscópio - que permite uma avaliação ocular mais detalhada. Desta maneira, ao buscar um exame oftalmológico por visão embaçada, turva ou outros sintomas, ou ainda nas consultas de rotina para revisão, o médico de olhos fará uma avaliação completa, com a identificação da presença da catarata, bem como do impacto que a mesma tem na sua visão e nas suas atividades.
Para determinar o impacto da catarata na visão, um exame oftalmológico completo e uma boa conversa com o paciente são essenciais. Nessa “conversa”, buscamos compreender melhor a sua dificuldade e analisar o quanto ela melhoraria com a realização da cirurgia. Este é um momento importante para tirar todas as suas dúvidas sobre as alterações detectadas na consulta e decidir, em conjunto com o médico, o melhor momento para realizar o tratamento.
Qual é e como é realizado o tratamento de catarata?
O único tratamento disponível atualmente para a catarata é a cirurgia. A cirurgia de catarata é a cirurgia mais realizada no mundo, e envolve a retirada do cristalino opaco, com a consequente melhora na transparência e entrada de luz no olho, e - na maior parte dos casos - o implante de uma lente artificial em seu lugar, já que a lente natural também apresenta grau e ajuda a focalizar o que vemos na camada interna do olho que capta a luz: a retina.
A técnica mais utilizada para esta substituição é a facoemulsificação, onde utilizamos um aparelho com ultrassom para remoção da catarata em pedaços menores, o que possibilita cortes (incisões) menos traumáticas do que antigamente, geralmente sem a necessidade de pontos e com risco bem mais baixo.
A escolha da lente que vai ser implantada durante a cirurgia de catarata deve ser individualizada e depende de alguns fatores, incluindo o resultado de exames realizados de rotina no pré-operatório da cirurgia. Um destes exames, a biometria ocular, informa as medidas do olho a ser operado para a determinação do grau mais adequado para aquele paciente.
Além disso, a presença ou não de astigmatismo, a detecção de outras alterações/doenças oculares e as expectativas visuais do paciente fazem parte da decisão do tipo e do material da lente que vai ser usada na cirurgia. Opções de lentes especiais, como as lentes intraoculares tóricas e multifocais, que podem reduzir o astigmatismo e a dificuldade de visão de perto, respectivamente, devem ser discutidas com o médico oftalmologista após uma avaliação completa e atenciosa a cada caso.
Há alguma forma de prevenir o desenvolvimento da catarata?
A catarata relacionada à idade se desenvolve de forma progressiva ao longo de anos, e um dos fatores que acelera esta piora é a exposição à luz solar ultravioleta. Desta forma, evitar a exposição excessiva ao longo da vida, com a utilização de óculos de sol (com proteção ultravioleta), por exemplo, é uma das maneiras de diminuir a velocidade de evolução da catarata.
O tabagismo também é um importante fator associado com o desenvolvimento da catarata, e o acompanhamento médico clínico adequado pode ajudar a cessar este hábito.
Orientamos, ainda, a realização de consultas regulares com o médico oftalmologista, a fim de identificar e tratar doenças oculares que podem contribuir para o surgimento da catarata.
Ficou com alguma dúvida ou está percebendo algum dos sintomas citados, que podem estar relacionados à catarata?
- Catarata é a opacidade do cristalino que bloqueia a luz de entrar no olho, causando sintomas como visão embaçada, dupla, sensibilidade à luz e dificuldade de visão noturna, sem melhora com óculos novos.
- A principal causa é a senilidade, mas fatores como genética, traumas, diabetes, e uso de certas medicações também podem estar envolvidos com a formação catarata, inclusive em idades precoces.
- O diagnóstico é feito pelo oftalmologista através da biomicroscopia anterior, com a lâmpada de fenda, permitindo uma avaliação detalhada do olho.
- O único tratamento eficaz é a cirurgia, que envolve a substituição do cristalino opaco por uma lente artificial, com técnicas modernas como a facoemulsificação que minimizam o trauma e riscos associados.
- De acordo com fatores de risco associados ao desenvolvimento da catarata evitar a exposição excessiva à luz solar com óculos de sol com proteção UV, não fumar e realizar consultas oftalmológicas regulares para tratar condições que possam contribuir para seu surgimento são condutas que podem postergar a formação desta condição.
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Médica Oftalmologista | Especialista em Catarata e Cirurgia Refrativa
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